quinta-feira, 30 de outubro de 2008

David Coimbra

por Graziele Corrêa

Simpatia, em apenas uma palavra, seria esta a definição para David Wagener Coimbra, 46 anos. O jornalista formado em 1984, atualmente editor do caderno de esportes do jornal Zero Hora, nasceu na zona norte de Porto Alegre. Entre uma brincadeira e outra descobriu uma de suas maiores paixões: a leitura.

Pravariar: Como foi a sua infância?
David Coimbra: Eu me criei na zona norte, Bairro Passo da Areia e IAPI. Foi uma infância bem típica de subúrbio, brincando muito e livre, coisa que hoje não faz parte do mundo de muitas crianças. Sempre na rua, mas ao mesmo tempo lendo muito, pois sempre gostei bastante de ler. Foi uma infância típica daquela época dos anos 70 e que a gurizada brincava, jogava bola, botão e namorava.

Pravariar: A família o incentivou a gostar de literatura?
David: Sim, minha mãe sempre foi muito chegada a livros, sempre leu muito. Meu avô também sempre leu bastante, então eu tive muito exemplo dentro de casa e incentivo também. Sempre me deram coisas para ler, contavam histórias e me aconselhavam a ler.

Pravariar: Quais as suas maiores paixões?
David: Eu amo ler, escrever, comer, beber, sair com os amigos, ir ao cinema. Gosto também de me divertir, viajar e conviver harmonicamente com as pessoas e sair com meus faixas (risos).

Pravariar: Você possui algum vício ou peculiaridade?
David: Não tenho nenhum vício, eu não fumo, bebo, mas não muito, apenas socialmente, não chega a ser um vício. E gosto peculiar, que eu saiba não, talvez outra pessoa possa me dizer isso, mas que eu me lembre não.

Pravariar: Qual o tipo de música que você gosta de escutar quando está triste ou quando está feliz?
David: Eu não fico muito triste, é bem difícil. Em qualquer circunstância eu gosto de ouvir MPB, rock e blues, esses são os tipos de música que eu mais gosto. Mas escuto também músicas clássicas mais conhecidas e muita música americana.

Pravariar: Como você escolhe os temas para os seus artigos de esporte?
David: É sempre uma história que eu quero contar. E não é assim: vou pegar o tema tal. É algo que normalmente eu contaria, se estivesse conversando com os amigos. É sempre assim, não escolho pelo tema em si.

Pravariar: E todas são verídicas?
David: Às vezes sim e outras não. (risos)

Pravariar: Como você encara a fama de ser machista e anti-vegetarianos?
David: (Muitos risos) Anti-vegetariano é gozação, né, é uma brincadeira. Mas machista não acho que eu seja, todas as mulheres com já tive alguma relação podem dizer que não sou machista.

Pravariar: A chegada do filho filho Bernardo, além de lhe inspirar a escrever, que mudanças provocou?
David: Ahhhh sim, muitas outras coisas, porque não é que seja uma mudança, ou que a vida mude, mas a gente começa a ter outra noção, é um sentimento que eu nem sabia que era capaz de ter.

Pravariar: Você tem projetos futuros como escritor?
David: Eu sempre tenho algum projeto, mas nunca é uma coisa assim pra daqui a cinco anos, são coisas imediatas. Eu sempre tenho planos. Para o ano que vem já tenho alguns projetos como: reedições de livros e produção de outros novos. Mas são sempre projetos a curto e médio prazo, nunca a longo prazo.

Pravariar: A que você atribui essa forte característica de descrever as mulheres sensualmente e com certa ousadia?
David: Uma mulher bonita assim? É que sempre que escrevo um personagem e tal, as pessoas perguntam: mas você só coloca mulheres gostosas? Mas quem é que quer colocar nas histórias uma mulher feia, ou um homem feio? Até se pode fazer isso, mas só se for uma história peculiar, mas se tu queres puxar pela sedução é assim. E o engraçado é isso, é esse poder que a mulher tem, pela sua beleza, que eu acho que é uma coisa positiva e não ruim.

Pravariar:
Você tem alguma dica de livro?
David: Eu sempre digo isso, o importante é que tu leias coisas que tem a ver contigo. Por exemplo, não adianta indicar para um jovem ler obras de Machado de Assis, ele é muito bom, é ótimo, maravilhoso, mas para o jovem é um porre, um saco. Quem está começando a ler, tem 12 ou 13 anos, e pega uma obra de Machado de Assis, diz: isso aqui que é ler? E a pessoa é capaz de não ler nunca mais.

Pravariar: Qual o seu gosto particular de leitura?
David: Eu gosto muito de história, tenho bastantes livros, mas eu também gosto muito dos autores, Charles Bucowski, Fitzgerald, Raymond Carver, adoro todos eles.

Nenhum comentário: