quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

A ordem é pokear!

Por Aline Marques

Abraçar, beijar, celebrar, bater quadris, fazer cócegas, fofocar, idolatrar e até dar bronca nos amigos, tudo em 3D. Parece fantasioso demais? Pois desde julho deste ano, o
Orkut – uma das maiores redes sociais da internet – oferece o Buddy Poke: um aplicativo que permite que os usuários se expressem e interajam através de avatares personalizados.

O uso do Buddy Poke é simples, o avatar virtual só precisa ser habilitado, personalizado e colocado no perfil do Orkut para interação com os demais avatares. A interação é basicamente visual, não existem sons. Porém, uma pequena mensagem de texto pode ser inserida junto a cada ação utilizada.

Para a administradora Rosita Farias, de 24 anos, usuária do Orkut desde 2006, o Buddy Poke é uma maneira divertida de comunicação com os amigos:
- Eu adoro! Fico ali abraçando as gurias e também mandando beijo para o meu ficante... risos. É bem legal! Uso direto!

O estudante André Oliveira, de 21 anos, usuário do Orkut há 8 meses, usa o avatar para fazer brincadeiras com os colegas, mas reclama da aparência:
- Acho exagerado o estilo mangá dos bonequinhos. Eles não têm nariz. Fica estranho, né? Deveriam ter.

Atualmente, existem mais de mil comunidades virtuais no Orkut sobre o Buddy Poke. Na comunidade oficial do aplicativo o número de membros ultrapassa os 346 mil e na comunidade oficial brasileira, são mais de 39 mil participantes. E no mecanismo de busca do Google consta mais de um milhão de resultados.

A universitária Priscila Valente se diz encantada com as opções que o aplicativo oferece:
- Tu podes escolher o corte e cor de cabelo, a cor dos olhos, a cor da pele e a roupa. Ah, e pode também colocar luvas, tênis e óculos. Os bonequinhos ficam muito parecidos com as pessoas.

Entre os adolescentes o uso dos avatares é praticamente maciço. Carolina, de 13 anos diz que entra no orkut todos os dias para interagir com as amigas:- Não consigo mais viver sem pokear! Eu mudo a roupa da minha Buddy Poke todo o dia! E todos da minha turma do colégio têm o seu bonequinho também. A gente fica falando no recreio quem é que mandou beijo para quem, quem que deu rasteira... – conta ela.

Contudo, apesar do sucesso, ainda há quem esnobe os tais bonequinhos. Ana Luisa Barcellos não usa o Buddy Poke e garante que não sente falta:
- Não uso. Quando quero interagir com alguém vou na página da pessoa e deixo um recado. Acho o Buddy Poke um recurso meio infantil, diz, aos risos.

O educador físico Clóvis da Luz, de 45 anos, não aderiu ao Buddy Poke nem diante dos apelos da filha, de 7 anos:
- Ela me deixava recados dizendo que eu tinha que entrar no Buddy Poke. Eu nem sabia o que era aquilo. Depois que ela me explicou eu disse que o jogo era mais indicado para as meninas, mas ela ainda não se convenceu muito disso... – diverte-se ele.

A página do MySpace traz mais infomações.
Acesse.

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